quinta-feira, 8 de outubro de 2009

 A minha opinião

Este blog é um espaço cultural,onde o fado é Rei!...Fado é a alma de um povo Sécular, Peninsular-Ibérico."Mas de consanguínea estirpe Lusitana"!
O mundo adoptou-o, escuta-o e gosta."Porque é diferente a música a poesia
e a maneira de o sentir .

Valentim Casimiro.

9 comentários:

  1. Fado é Lisboa
    Que o desovou
    Num dia de temporal
    E calmaria
    Nasceu em Alfama
    Que o aninhou
    Em berço de oiro
    Da Mouraria
    O seu primeiro gemido
    Chegou á Graça
    Ritmo em melodia
    Repercutido
    No espelho do Tejo
    Sereno
    Se afirmou
    Raiando em sons
    No céu
    Reflectidos
    Arpoou
    Ao Bairro Alto
    E ali ficou
    Cravando
    Suas vísceras
    Esfaimadas
    Noites serenas
    Longas
    Vozes quentes
    Sentidas
    Sons de Guitarras
    Acossadas tangíveis
    Chilreiam pássaros
    Em clamor
    Ao fado
    Indesmentíveis

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  2. Não sei, não sabe ninguém
    Por que canto o fado
    Neste tom magoado
    De dor e de pranto
    E neste tormento
    Todo o sofrimento
    Eu sinto que a alma
    Cá dentro se acalma
    Nos versos que canto
    Foi Deus
    Que deu luz aos olhos
    Perfumou as rosas
    Deu oiro ao sol
    E prata ao luar
    Foi Deus
    Que me pôs no peito
    Um rosário de penas
    Que vou desfiando
    choro a cantar
    pôs as estrelas no céu
    E fez o espaço sem fim
    Deu o luto às andorinhas
    Ai, e deu-me esta voz a mim.
    Se canto, não sei o que canto
    Misto de ventura
    Saudade, ternura
    E talvez amor
    Mas sei que cantando
    Sinto o mesmo quando
    Se tem um desgosto
    E o pranto no rosto
    Nos deixa melhor Foi Deus
    Que deu voz ao vento
    Luz ao firmamento E deu o azul
    às ondas do mar Foi Deus
    Que me pôs no peito
    Um rosário de penas
    Que vou desfiando
    choro a cantar
    Fez poeta o rouxinol
    Pôs no campo o alecrim
    Deu as flores à primavera
    Ai, e deu-me esta voz a mim.

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  3. Fado do Ginjal

    É bestial
    Este fado do Ginjal
    É o fado que se canta
    Nas tascas da outra margem
    Vem á garganta
    Um sabor a berbigão
    De tal sabor e aragem
    Que o fado cai que nem pão
    Para acompanhá-lo
    Não há banzas nem violas
    Mas há o vinho de estalo
    Há xarrocos e santolas
    Oh pisgariam
    Encostado ao farolim
    Oh pisgarão
    Soltas ao rio uma canção
    A besugada
    Dando ás barbatanas vem
    Aos pulinhos entusiasmada
    A ver o gosto
    Que o fado tem
    Um certo dia
    fiz um fadinho á enguia
    E depois cantei também
    Ao salmonete do sado
    Um peixe rei
    Que saltou duma canoa
    Ficou tão entusiasmado
    Que me ofereceu um coroa

    Para acompanhá-lo, etc.

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  4. A música destes três fados
    Belas melodias de enxergar
    Tenho no peito guardados
    À chama de os poder cantar

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  5. O Tejo

    Nosso rio inspirador
    Quantos fados…
    Marinheiros nostálgicos
    Saudosos do seu leito
    Sedentos e cansados
    Num ultimo olhar
    Beberam deslumbrados
    Magnífica cercadura
    Por Pessoa exaltados
    Deslumbrante, é
    Este meu belo fado

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  6. Fãs do bom fado disse...

    AMÉRICO
    Gosto imenso de ouvir fado, cantado pelo senhor Américo.
    Tem um estilo muito particular.Transporta-nos
    à realidade e magia, da essência real desta musica muito portuguesa.
    Fado é vida de um povo.O qual contribuiu para o desenvolvimento de outros povos no mundo,através do Fado que é alma,língua e conhecimento.
    Um estilo de Música muito própria,que nos orgulha imensamente.
    Não tardará a ser património cultural da humanidade.
    ISALTINA CASIMIRO

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  7. AMÉRICO FADISTA
    O Fado canta , existências vividas por um povo.
    Cantadas por gentes de índoles impregnadas de vivências milenares de lusitanidade.
    O Américo é todo ele, a expressão representativa
    Do fado na sua essência mais determinada.

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